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domingo, 3 de junho de 2012


Portugal – Turquia (1-3)
Depois de um empate (0-0) e de uma paupérrima exibição frente à frágil selecção da Macedónia, os adeptos portugueses deram uma segunda oportunidade aos comandados de Paulo Bento e encheram por completo as bancadas do Estádio da Luz.
Portugal entrou em campo com vontade de apagar a má imagem deixada em Leiria, mas à medida que o sol ia desaparecendo no horizonte lisboeta, a velocidade e técnica da seleção portuguesa também se ia desvanecendo.
Aos 30 minutos, o espetáculo e raça do conjunto português desapareceu por completo e a Turquia começou a sonhar num bom resultado no Estádio da Luz, o que seria uma surpresa total a poucos dias do início do Euro’2012.
Pouco depois, o sonho tornou-se realidade com o golo de Bulut, que aproveitou um excelente cruzamento de Altintop e uma passividade enorme de Bruno Alves, Rui Patrício (que ficam a falar um com o outro sem atacarem a bola) e Fábio Coentrão (que foi facilmente batido em velocidade).
Com cerca de 10 minutos para se jogar até ao intervalo, a seleção portuguesa ainda esboçou uma ténue reação, mas sem qualquer resultado prático, o que deixou os adeptos (e o treinador Paulo Bento) verdadeiramente preocupados, vaiando os jogadores quando estes começaram a abandonar o relvado para cumprir o habitual tempo de descanso.
No início da segunda parte, Portugal também entrou bem, mas sem o ímpeto da primeira parte, permitindo que os turcos se organizassem na defesa, segurando a magra mas preciosa vantagem.
Aos 52 minutos, Miguel Veloso e Bruno Alves desentendem-se perto da grande área de Portugal, e Bulut aproveita para roubar a bola, partir em direção à baliza de Rui Patrício e rematar para o fundo das redes do guardião português, deixando o Estádio da Luz em completo silêncio.
Pouco depois, o mesmo Bulut aproveitou uma autêntica auto estrada deixada em aberto pela defensiva portuguesa e já dentro da grande área contrária atirou forte e colocado, mas a bola saiu a rasar o poste, deixando Rui Patrício e Paulo Bento bastante aliviados.
O guardião e o técnico português começaram a respirar melhor logo depois do “susto” provocado pelo jogador turco, pois Nani resolve fazer uma das suas jogadas “à Manchester United” e marcar o golo de Portugal, depois de um belo lance iniciado por Fábio Coentrão e desenvolvido por Cristiano Ronaldo.
Aos 65 minutos, e depois de uma bela jogada de Miguel Lopes, o defesa português cai no relvado e o árbitro assinala grande penalidade, por uma alegada falta de Emre. O juiz da partida mostra cartão amarelo ao defesa turco, que protesta fortemente, dizendo que não cometeu qualquer falta. Apesar de haver um toque de Emre nas pernas de Miguel Lopes, parece-nos que a queda do lateral português é muito forçada, no entanto temos que dar o benefício da dúvida ao árbitro, pois segundo as regras da FIFA em caso de dúvida deve-se beneficiar a equipa que ataca.
Na marcação do castigo máximo, Cristiano Ronaldo tentou colocar a bola, em jeito, junto ao poste esquerdo da baliza de Demirel, mas o guardião turco percebeu a tempo os intentos do médio português e atirou-se em voo para a bola, impedindo que esta “beijasse”, mais uma vez, as suas redes.
A partir daqui, o jogo começou a perder alguma identidade própria, devido ao elevado número de substituições realizadas pelos dois técnicos, que queriam ver em ação todos os convocados para tirarem algumas ideias.

Só nos últimos minutos é que se voltou a viver alguma emoção no Estádio da Luz, pois Portugal atacava ferozmente e com perigo, e a Turquia respondia com remates ao poste e à “figura” de Rui Patrício (até aos 81 minutos) e de Eduardo (nos derradeiros 10 minutos).
A 2 minutos do fim, o avançado Selcuk Inan avança pela ala direita do ataque turco e cruza para a grande área, onde aparece Pepe a rematar contra Ricardo Costa, e o defesa do Valência a retribuir com um toque subtil para o defensor do Real Madrid, que se atrapalha com a bola e deixa-a escapar para dentro da baliza, perante a complacência de Eduardo, que não foi em auxílio dos seus companheiros.
Até ao apito final do árbitro suíço Stephan Studer, ouviram-se bastantes assobios e assistiu-se à debandada generalizada da maior parte dos adeptos, mesmo com o “skipper” do estádio pedindo a todos que permanecessem nos seus lugares para assistirem a uma pequena surpresa preparada para saudar todos os jogadores (“A Portuguesa” foi “tocada ao vivo” por dezenas de “i-pads“).
A exibição dos jogadores portugueses melhorou em relação ao jogo com a Macedónia, viu-se outra atitude, alguns bons lances, mas também muita atrapalhação e muita “termideira”, o que não deixa augurar nada de bom para a seleção portuguesa no Euro’2012, que começa já na próxima 6ª Feira.

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